Superando todos os meus preconceitos, depois de passar 4 dias na cidade, decidi que ADORO Miami. A cidade é linda, com um ambiente que pede atividades ao ar livre e um povo muito simpático. Eu diria que é um Brasil que deu certo. Daí a explicação pra tanto brasileiro se refugiar por lá.

E tem mais um monte de qualidades. Se você não fala o inglês tão bem, todo mundo entende o “portunhol”. A gastronomia é famosa. Há uma série de lojas boas pra se jogar nas compras. Umas praias azulonas e uma vida noturna infalível.

Como nada é perfeito, a cidade não tem lá muita atração turística (nem é defeito, vai). Tem um quê de breguice também, é verdade. E pra curtir o melhor de Miami é preciso estar com o orçamento BEM folgado.

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Quando ir a Miami:

Ao contrário do Brasil, a alta temporada de Miami é no inverno, de dezembro até a páscoa, mesmo fazendo um friozinho as vezes (março é o mês de temperatura mais agradável). Já a baixa é no verão, que vai de junho a setembro. Costuma chover e há risco de furacões (2017 teve). Em contrapartida, o preço dos hotéis é bem mais amigo e os dias de sol beeem quentes. Outubro e novembro ainda são quentes e o risco de furacão diminui. Novembro, quando eu fui, estava perfeitinho. Dezembro é o auge do badalo e da lotação, especialmente no réveillon.

O QUE FAZER EM MIAMI

 

1) PEDALAR NA ORLA DE SOUTH BEACH

Programa que eu amo de paixão é pedalar em viagem e em Miami tem um gostinho especial. Sol, mar e gente bonita. Aquilo tudo que faz você sentir que está realmente de férias. A estrutura da ciclovia é super cuidada e o legal é vir de North Beach sentido South Pointe Park. Verifique se seu hotel disponibiliza bicicletas ou alugue no site da Art Deco Bike. 

2) UM TEMPINHO EM SOUTH POINTE PARK

Um dos pontos mais bonitos de South Beach. Um parque verde, com pista de corrida e ciclovia que acompanham o mar numa vista linda. Tem um píer bem charmoso, que rende altas fotos da praia com os prédios imponentes de Miami contrastando ao fundo.

Se for o caso de esticar, um dos restaurantes mais famosos da cidade, o Smith & Wollensky, fica bem ali. Eu não fui, mas li muitas recomendações. Acho que a melhor opção é emendar no rolé de bike ali de cima, mas se a ideia for ir de carro, tem estacionamento.  South Pointe Park cai bem em qualquer momento do dia, mas o pôr do sol é infalível.

3) CONHECER WYNWOOD

Já faz um tempo que Wynwood se tornou o bairro mais descolado da cidade. A região, que antigamente era abandonada, foi revitalizada e hoje é um museu a céu aberto, com uma série de painéis de grafite pelas ruas e galerias de arte, cafés, lojinhas e bares pela região.

O segundo sábado do mês é a melhor pedida: todas as galerias abrem, tem showzinhos no meio da rua, foodtruck e muita gente passeando. Se a data não bater, vá assim mesmo (eu fui num dia normal). De dia para ver os grafites e a noite para conhecer os restaurantes e bares, que são suuuper bacanas e com preços muito mais amigos que em South Beach.

Particularmente, gostei muito do Butcher’s Shop Beer and Garden. Lugarzinho delícia para saborear uma carne e tomar uma cerveja artesanal. Mas não se prenda à sugestão, são tantos bares e restaurantes lindinhos que eu poderia fazer uma lista dos lugares que tive vontade de sentar – e não deu tempo.

LEIA AQUI O GUIA COMPLETO DE WYNWOOD

O QUE FAZER EM MIAMI

4) VIZCAYA MUSEUM & GARDENS

A mansão do milionário James Derring virou um dos pontos mais bonitos de Miami para se conhecer. Além da arquitetura, dos móveis e louças originais, os jardins são encantadores e bem cuidados. O passeio é rápido e duas horas é o suficiente para conhecer todo o lugar. Para entrar no Vizcaya Museum & Gardens é cobrada uma taxa de 20 dólares, que eu achei carinha, mas que vale pelo visual. Depois, almoce em Key Biscayne (leia a próxima dica).

5) UM BRUNCH (OU CURTIR O DIA) EM KEY BISCAYNE

A primeira das ilhotas Key é praticamente dentro da cidade, são apenas 20 minutos de distância. Apesar de não estar muito distante de Downtown, seu ritmo é mais tranquilo. Key Biscayne é sossego e natureza. Você pode curtir as praias, praticar esportes como kayak e Stand up Paddle ou só almoçar (que foi o que fizemos).

Key Biscayne tem cenários perfeitos para almoços e jantares românticos e pegamos a dica do restaurante The Rusty Pelican, que fica dentro de uma marina. A comida é boa, mas o grande diferencial é a vista inesquecível do skyline de Miami. Sério, o lugar é lindo e tem o maior astral, vale a pena ir, nem que seja realmente só pra contemplar a vista e tomar uns bons drinks apreciando o pôr do sol na Baía de Biscayne.

6) LINCOLN ROAD E COLINS AVENUE

Tá bom, falei que não ia falar de compras, mas vale pelo lugar também.

Você precisa conhecer duas ruas: a Lincoln Road e a Collins Avenue. Na Lincoln não passam carros e o calçadão é cheio de lojas e restaurantes (inclusive o Juvia, um dos rooftops mais famosos de Miami fica lá). Tem Forever 21, Nike, H&M, MAC, Apple, Ricky’s (altos cosméticos) e muitas outras. É um lugar bem legal para dar uma voltinha, ainda que você não queira comprar nada. Mas vai, pode apostar.

A Collings Ave é a avenida com a decoração que você imagina de Miami, toda seguindo Art Deco. Tem Sephora, Urban Outfitters e um monte de loja de grife. Certamente passará por ela muitas vezes. A Collins é extensa e tem ótimos restaurantes, comércios e é por onde chega-se ao Shopping sofisticadíssimo, Bal Harbor.

7) ESPORTES E SHOWS

Depois que vivi o ritual do esporte americano em Nova York eu sugiro esse programa sem pensar duas vezes. Miami é a casa do Miami Heat, um dos melhores times da NBA, a liga de basquete profissional dos Estados Unidos. Além dos jogos – que são im-per-dí-veis – a arena American Airlines recebe muitos shows que a gente não tem muita oportunidade de assistir no Brasil. Confira aqui a programação e torça os dedos para pegar algo legal na sua data.

LEIA TAMBÉM: Jogo de Basquete: como é incrível e como comprar ingressos

8) DANÇAR NUMA BALADA

Se tem uma coisa que não falta em Miami é agito. A casa mais famosa para um fim de tarde é Nikki Beach, mas a vida noturna está recheada de opções. As baladas se renovam o tempo todo. Na data que fomos, as mais indicadas eram LIV, Mynt e Baôli. 

A LIV é uma balada grande e ao mesmo tempo exclusiva, dentro do hotel Fontainebleau. A Mynt também tem boa fama e conta com dois ambientes, um tocando eletrônico e outro hip-hop e pop. O Baôli é o local do momento em South Beach (recebi mil recomendações e AMEEEI). É um lugar para jantar e depois ficar pra noitada (literalmente, já que todo mundo sobe em cima das mesas). Concorridíssimo e obrigatório fazer reserva (baixe o app Open Table).

*Uma coisa muito importante sobre sair em Miami é que o segurança é quem vai decidir se você entra ou não. Capriche no look para pelo menos parecer que está disposto a deixar uma grana por lá (sério). 

9) COMER, COMER, COMER (E BEBER, BEBER E BEBER)

Não tenho nenhuma dúvida de que Miami é a cidade perfeita para quem gosta de comer e beber muito bem. Por isso falei que só é legal para quem tem orçamento folgado. A cidade sem essa parte não tem a mesma graça.

Eu não ouso fazer uma lista de lugares para vocês, porque acho que só indo 10 vezes a Miami para ter esse know-how. Mas eu não deixo vocês na mão, né? Clica aqui para conferir a lista atualizadíssima de restaurantes do Blog Café Viagem. Pode confiar!

OUTRAS SUGESTÕES

Programinhas legais que eu não fiz, por pura falta de tempo, porque só podem ser incríveis:

EVERGLADES: um passeio surpreendente é conhecer a região do Parque Nacional Everglades. São pântanos onde você entra de Airboat para conhecer o alligator (crocodilos.

KEY WEST: É considerada uma das viagens mais bonitas do mundo!!! Um conjunto de Ilhas localizadas no Sul da Flórida e a última delas é Key West. Legal é ter pelo menos 3 dias para ir fazendo paradas e curtindo a viagem como ele merece, antes de retornar a Miami. Confira aqui um guia completo de Key West

CRUZEIROS: Miami tem o maior porto de cruzeiros do mundo e com ótimo custo-benefício. Tem cruzeiro pra todos os gostos e bolsos, inclusive de 2 dias. É uma ótima oportunidade de conhecer as Bahamas. Confira aqui a minha experiência de bate e volta nas Bahamas.

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