Buenos aires é, sem dúvidas, o destino mais procurado pelos brasileiros. Aí que muita gente coloca na cabeça que é uma viagem muito óbvia e perde a oportunidade de conhecer outro país que fica aqui pertinho, é barato, bonito e divertido!
Eu e algumas amigas temos um acordo de fazer uma viagem por ano juntas e em 2013 o destino escolhido foi a capital argentina, no inverno, por 7 dias.
Confesso que só estive lá uma vez, mas deve ser uma cidade que fica ainda mais gostosa ao ser visitada pela segunda vez, quando a os cartões postais já foram desbravados, porque o clima lá é muito propício a andar sem rumo ou ficar de bobeira naqueles cafés super moderninhos vendo a banda passar. Buuuut, não era o nosso caso, e como eu sou a louca do roteiro/mandona/psica organizada, já sabia mais ou menos os lugares que queria conhecer por lá.
Sei que as pessoas tem ritmos diferentes, mas quando estou viajando acho que sou a mulher maravilha e não quero deixar ninguém dormir. Quero conhecer a cidade toda e ainda ir para a balada, o despertador foi o grande vilão (a música é odiada até hoje). Por isso o post vai ser meio comprido, acho que vivi um ano dentro de uma semana em BA.
Ficamos em um quarto privativo no famoso hostel Milhouse, conhecido pelas badaladas festas todo santo dia (se quiser sossego, passe longe), mas totalmente organizado, limpo, com jovens do mundo todo. O prédio é bem grande e lindo, mas fica bem no centrão, ruim porque longe da vida noturna, bom porque bem próximo de vários pontos turísticos e ruas de compras.
Se você souber onde quer ir, o táxi por lá é muito barato, muito mesmo. Mas tem um inconveniente: os taxistas são meio espertalhões, tenha sempre dinheiro trocado. Eles também nunca sabem chegar pelo nome do lugar, mesmo que seja óbvio, tem que saber o nome rua, de preferência os cruzamentos.
Em BA também tem ônibus turístico, no estilo hop-on hop-off e apesar de estar com tempo, foi a nossa escolha para alguns dias pela comodidade mesmo de poder subir e descer quantas vezes quiser (tem ticket de 24h e de 48h aqui). Mas acabou que não sei dizer se valeu a pena porque fizemos poucas paradas, preferimos passar mais tempo em cada um dos lugares. Dizem que o metrô é ótimo, mas acabamos não usando.
O ônibus segue pelos principais pontos turísticos da cidade, e se você gostar, desce, tira foto, fica o tempo que quiser e pega outro que passa de 20 em 20 minutos. São 25 pontos no total, mas não dá tempo de descer em todos, não! Tem uns que são tão bobinhos que mal dá para notar que é uma parada. E como estávamos hospedadas no centro, pulamos a Casa Rosada e o Obelisco, que víamos toda hora, e seguimos até o Estádio do Boca Jrs.
Pulamos o caminito, porque queríamos voltar com calma. Nossa próxima parada foi a Floralis Genérica, um monumento muito bonito, só para tirar a foto mesmo, porque estava um frio sem fim.
Seguimos a pé mesmo para conhecer o MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires), que é pertinho e nos reservava uma boa surpresa: estava tendo aquela exposição linda da japonesa Yayoi Kusama, Obsessão Infinita, que nos prendeu de tal maneira que ficamos por lá horas e horas.
Como era o dia mais frio do ano, tava difícil ficar zanzando pela rua o dia todo, e instintivamente a gente foi se estendendo no museu sem combinar.
O acervo permanente também atrai, e é la que está o famoso Abaporu, de Tarsila do Amaral, e o Autoretrato com chango y loro (1942), de Frida Kahlo. Entre as esculturas, destaque para O Impossível, de 1945, da brasileira Maria Martins (abaixo).
No outro dia o Caminito, o programa mais turístico da cidade.
Lá é uma gracinha, cheios de cores, não é muito grande, rende ótimas fotos, demos muita risada e foi o melhor lugar que encontrei para souvernires, mas é total pega-turista: os dançarinos de tango cobrando
pra tirar foto, os restaurantes não são tão gostosos e caros, sósias do maradona… faz parte!
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Como era domingo, emendamos com a feirinha de San Telmo, rica em antiguidades de todo o tipo que você imaginar: louça, móveis, vinil, muita coisa de couro, etc.Ficamos horas vendo um monte de buginganda e admirando a cultura que eles exalam pelos poros por ali.Em San Telmo que fica a famosa estátua da Mafalda, mas me empolguei com um churros e desprezei a existência da coitada.
E, enfim, nossa vizinha rosada:
Na mesma região: o famoso Café Tortoni é bonito, mas nada demais. Gosto mais dos cafés Havana, e dos outros tantos moderninhos em Palermo. Também as famosas Calle Florida e Galeria Pacífico, mas não compramos quase nada, só os coturnos que roubaram nossos corações:
Achei bizarra a tal visita ao cemitério da Recoleta… pode ser bonito que for, mas muito mórbido conhecer túmulos, não é a minha praia mesmo. Minha opinião não é unanimidade, pois é um dos programas que está em todos os roteiros e tem até visita guiada.
Preferi aproveitar para conhecer a região enquanto aguardava o rolé de uma parte do grupo lá dentro, os cenários são bem interessantes.
Gosto muito da arquitetura francesa do bairro, e das ruas bem arborizadas, com calçadas largas. Há muitos casarões antigos, já que era o reduto da aristocracia portenha.
Agora, sem palavras para descrever a lindeza que é o Bosque de Palermo! Eu adoro esse tipo de lugar relaxante, porque minha vida é um inferno muito corrida. Por lá tem pessoas correndo, lendo, namorando, ou andando a toa como nós. Super bem cuidado, tem lago, árvores imensas, pedalinho e dizem que na primavera as rosas são maravilhosas.
Sobre Puerto Madero: estivemos lá diversas vezes, de dia e a noite. O lugar é resultado de uma renovação urbanística de sucesso na zona portuária e é recheado de restaurantes.O que não falta é variedade, mas o nosso preferido foi o Gourmet Porteño que é naquele estilo Buffet, mas de tudo que existe nesse mundo. Sério, não estou exagerando, não consigo imaginar algo que não tenha naquele restaurante:Japonês, frutos do mar, massas, carnes argentinas, saladas, mesa de frios, doces… Gostamos tanto que fomos duas vezes em 7 dias. O investimento é +- uns 80 reais.
Aproveitamos uma das idas a Puerto Madeiro para conhecer o Cassino que fica em um barco ancorado por lá. Pense em pessoas que não entendem nada de jogo, somos nós, mas não resistimos a comprar umas fichinhas:
E além de ser ótimo para comprar, conhecer lugares legais e relaxar, Buenos Aires também é ótimo de balada, mas vá preparado para ouvir muito reggaeton em meio à musica eletrônica . Cada lugar tem um dia certo que bomba, e você corre o risco de achar a boate ruim apenas por ter ido no dia errado, mas essa info só por lá mesmo. Pode ser que já tenha mudado um pouco (fui em 2014), mas as boates que curtimos foram: Rosebar, Asia de Cuba, Terrazas del Este (a nossa preferida).
A Ásia de Cuba é frequentada por muitos brasileiros, mas acho que fomos em uma terça ou quarta-feira e era a night do dia. Barzinhos e Pubs legais tem aos montes. Infelizmente não lembro os nomes para indicar, mas tenho certeza que você encontra sem dificuldades. Depois disso tudo, ufa, voltamos cheias de histórias para contar e com umas 35 viagens programas pelo mundo.
* O blog que eu mais usei para pesquisar sobre BA foi : www.buenosairesparachicas.com, e eu super recomendo para pesquisas mais detalhadas, porque é feito por uma brasileira que mora por lá.
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