Hoje começa uma novidade aqui no Blog, a coluna Viagem do Leitor.
A convidada de hoje é a minha amiga Maria Luiza, que teve o prazer de passar 47 dias entre a Austrália e a Tailândia. A Malu tem uma vida super agitada, já fez duas graduações e um mestrado, atualmente cursa Medicina e dá aula de Biologia em um colégio público. Imagina o stress? Sem dúvidas uma viagem dessas deu uma revigorada na vida dela.
Na intenção de ser uma viagem relaxante a Malu não pesquisou NADA (como, minha gente?) e voltou cheia de relatos sensacionais, muitas fotos e uma tatuagem de bambu.
Hoje vamos desfrutar a passagem dela pela Tailândia:
S – Explica para a gente a estrutura das ilhas e onde se hospedar.
M – Tem muitas ilhas, algumas são só praias pequenas para passar algumas horas, outras você pode se hospedar, a ilha de Pukhet é enorme, eu cheguei na Tailândia pelo aeroporto de lá, tem muitas praias, resorts, restaurantes, hotéis e albergues! Mas o interessante é não gastar mais de três dias lá, o bom é explorar as demais ilhas, você pode pegar um ferrie para ficar mudando de ilhas, de Pukhet para Phi Phi e de Phi Phi para Krabi (como eu fiz) ou para outras ilhas como Koh Tao, koh Samui, Koh Phangan entre outras, o lance lá é ficar sempre mudando, não é caro e vc consegue explorar bem o lugar! Lá é bem barato, você pode escolher ter uns dias de princesa e se hospedar em algum resort top, e o resto dos dias ficar em hotéis mais em conta! Se você não tem frescura e quer conhecer gente, os albergues são as melhores pedidas, gente do mundo inteiro, uma maravilha (quase não vi brasileiros)!
S – Como foi viajar sozinha?
M – Viajar sozinha é um desafio (ainda mais para as mulheres), viajar sozinha para Tailândia é um desafio maior ainda! A Tailândia é um pais subdesenvolvido, não tão seguro quanto os países de primeiro mundo, a população é muito carente e tem a questão do turismo sexual que realmente é muito comum e bem explícito por lá! Antes de ir todos me falavam que eu era louca de ir sozinha para um pais de cultura tão diferente e perigoso, e também tinha a questão da língua, lá poucos falam inglês! Eu não me deixei intimidar e resolvi pagar pra ver!
E foi assim que eu me descobri como minha melhor amiga, superei medos bobos, vi que o “perigoso” deles não se compara ao perigoso do nosso país! Viajar sozinha é uma aventura maravilhosa, todo dia era livro de páginas brancas e eu não a sabia o que iria acontecer, quem iria conhecer e quais seriam meus planos para mais tarde, quem dirá para meu outro dia, e isso era maravilho, eu tinha liberdade de fazer o que eu queria e a hora que eu quisesse, além de estar mais acessível a conversas com qualquer pessoa que chegasse do meu lado, e com isso fazia novas amizades, treinava meu inglês, meu espanhol (que eu nem sabia que era tão bom!) e minha capacidade de fazer mímica! rs. Viajar acompanhada é ótimo, mas viajar sozinha é uma experiência única, aconselho a todas e a todos a perderem os medos bobos e se jogarem, existem mais gente de boa e de coração bom no mundo do que gente ruim!
S – Algum perrengue marcante?
M – Bom, quem me conhece sabe que sou cabeça avoada e não ligo para nada, deixo tudo na “mão de Deus” (ele sofre comigo) e conto muito com a minha sorte! Então meus maiores perrengues eram não fazer planos e deixar as coisas rolarem, tipo, lá tem milhões de agências de turismo que oferecem pacotes diferentes, alguns mais caros e outros mais baratos, eu dava a louca e fechava pacotes sem nem perguntar o que tinha no tour, só me importava em saber o horário que o carro iria me buscar no hotel. Então no dia do tour que eu descobria o que estava incluso, as vezes tinha muita aventura! (até demais). Teve um dia que fechei o pacote para conhecer a praia mais famosa de Phi Phi Island, a Maya Bay, aonde foi gravado o filme “A Praia”. Eu estava na ilha de Pukhet, e quando cheguei no local para embarcar no barco, era um barco pequeno, parecido com lancha, eu sentei logo na frente, só que eu não sabia que lá era a parte que mais pulava, e que iríamos pegar alto mar e pela manha ( quando as ondas são mais altas) resumo: não existe aventura maior que andar naquilo em alta velocidade e em alto mar, nenhuma montanha russa da Disney barra aquilo! Quando chegue no hotel a noite meus pulsos estavam roxos e doendo muito, de tanto que me agarrei nos ferros do barquinho!
S – Fale sobre os gastos.
M – Bom, sou muito perdida com dinheiro! Eu não tenho muita noção porque levei dólar australiano já que eu saí da austrália, mas pela minhas contas (meio doidas) não gastei muito. Lá é barato, ainda mais produtos que são locais, comida e hospedagem também são bem baratos, agora biscoitos famosos, shampoo, hidratantes famosos, esse tipo de produto eu achei caro! Mas no geral tudo tem preço bom, principalmente a cerveja que aliás eu amei, existem muitas marcas de lá, eu amei a Chang Beer e a Shinga.
Sobre o câmbio, em cada esquina tem casa de câmbio e são seguras, porém eles não trocam real com facilidade, como eu estava com dólar australiano não tive problemas, se você está indo do Brasil direto para Tailândia é melhor levar dólar americano, ou até mesmo o australiano
S -Como é a alimentação?
M – É exótica, rs! Tudo lá leva pimenta, tem muitos frutos do mar, tem caldos muito doidos que eles tomam (não experimentei, tipo água com caldo knor e umas folhas boiando). Tem muita fruta, e todas docinhas! Tem escorpião frito, carne de rã, dizem que comem cachorro também, eu não vi mas por via das dúvidas não comi carne vermelha lá! hahaha
S – Qual o lugar que você mais gostou?
M – Eu amei tudo lá, mas Phi Phi Island é a minha cara, eu não queria mais voltar! O clima de lá é tão maravilhoso, tanta gente de tantos lugares diferentes, a natureza maravilhosa as festas na beira da praia, shows pirotécnicos, o clima jovem e desensacando! Até para comprar eu gostei, inúmeras lojinhas e barraquinhas com materiais artesanais, bijuterias hippies, e tudo com uma história por trás, todas lojinhas tinham shorts estilizados, nenhum era igual ao outro, e de várias marcas diferentes, marcas americanas, isso me intrigou e fui perguntar. Descobri q eles são shorts que não foram vendidos em diversos países e foram enviados para lá e estilizados pelos moradores locais, e colocados a venda, por isso nenhum era igual ao outro! Cada um com sua história, isso me encantou, além deles serem lindos claro!
S – Como foi a sua readaptação na volta?
M – Difícil, ninguém quer sair do paraíso, ainda mais porque passei 47 dias viajando e voltar para realidade e frustrante.
S – Faria de novo?
M – Claaaaaro, não vejo a hora de conseguir fazer a Ásia inteira, tenho fixação pelo continente! Sou louca para conhecer o Vietnã, a Malásia, Laos, Filipinas e Indonésia.
S – Tem agito?
M – Muita gente não sabe, mas a Tailândia é o paraíso dos festeiros. Rola festa toda noite e na mudança de lua tem as festas mais famosas, inclusive a Full Moon Party, que é na lua cheia (aquela com todo mundo pintado de tinta neon).
S – Que dicas você dá para quem quer ir para lá?
M – Aproveite, desapegue das coisas e vá com a mente aberta para aproveitar a perfeição que a natureza nos dá de presente!
Não se esqueça: a melhor época para visitar o país é de janeiro a março, com tempo bom e calor ameno. Abril e maio é possível, mas muito quente. No restante do ano não é aconselhável, porque chove muito e ninguém quer contar com a sorte, não é?
Quem também ficou doido nas fotos? Eu queeeeero!
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